Quando dom Pedro Segundo estava prestes a partir para o exílio após a proclamação da República, em 1889, ele mandou um recado para trazerem de Petrópolis um objeto de que não queria se separar. Não era uma joia, nem uma espada, e sim um livro: uma edição original de Os Lusíadas, que trás a seguinte assinatura: “Luís de Camões, seu dono”.


A fascinação do imperador brasileiro pela obra de Camões dá uma dimensão da importância desse poeta não só para a literatura portuguesa quanto para a identidade dos povos lusófonos. Tanto que 10 de junho, data da morte dele, é celebrado como o Dia de Portugal, das Comunidades Portuguesas e da Língua Portuguesa.


Camões e os Lusíadas são um assunto tão sério, que foi cogitado em 1972 trocar a primeira edição de Os Lusíadas, que pertenceu ao d. Pedro II, pelos restos mortais do pai dele, o dom Pedro Primeiro.


Em 2024 completam 500 anos do nascimento de Camões. E é dessa vida envolta em lendas e que daria um filme de aventuras, que eu vou falar hoje.