“Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia.” I Tessalonicenses 1.6,7

“Pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; não porque não tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos, para nos imitardes.” 2 Tessalonicenses 3.7-9

Na epístola aos Hebreus, somos encorajados a imitar a fé de nossos guias:

“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a palavra de Deus e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram” Hebreus 13.7

Diante de tantos (e tão claros) textos bíblicos, não há como seguir em outra direção. Os líderes devem ser referenciais de conduta. O próprio Jesus falou sobre o fato de Ele ser exemplo tanto no procedimento como no serviço.

“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem: porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” João 13.12-15

Essa é a doutrina bíblica a ser seguida e praticada!

Vamos falar de Clemente. Bispo de Roma no tempo do Imperador Domiciano, ele escreveu no final do primeiro século, uma carta à igreja de Corinto. Considerada um dos escritos cristãos mais antigos depois das escrituras neotestamentárias, foi tão apreciada pela igreja antiga que, por algum tempo, cristãos do Egito e da Síria queriam que fosse incluída no cânon do Novo Testamento. Nela, Clemente exorta os irmãos por terem se rebelado e destituído os presbíteros da igreja, além de chamá-los a arrependimento e concerto. No verso 3 do capítulo 63, menciona a ida de mediadores para resolver aquela situação:

“Também estamos lhes enviando pessoas discretas e dignas de confiança que, desde a juventude até a velhice, têm levado uma vida irrepreensível em nosso meio. Elas serão as testemunhas intermediárias entre nós.”

Observe a relação entre as expressões “dignas de confiança” e “vida irrepreensível”. Acrescente outro importante detalhe: “desde a juventude até a velhice”. Uma conduta exemplar não era somente apreciada, mas também apresentada como credencial de reconhecimento.

Portanto pergunto: como chegamos ao ponto de permitir que carisma, dons e habilidades de um líder se tornassem qualidades suficientes, suprimindo o peso e a importância de uma vida de exemplo? Precisamos resgatar não só o comportamento como também a doutrina bíblica de uma conduta exemplar por parte dos ministros.

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*Texto extraído do livro “O Impacto da Santidade”

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