Na Europa, o cristianismo era temido através da figura do Papa e do clero, ao qual mesmo a nobreza se curvava, perante sua autoridade, tida como inquestionável. A Idade Média foi uma época em que o conhecimento deveria ser proveniente da graça divina. Nessa lógica, tudo que é bom vem de Deus e tudo que é mal e profano vem do Diabo. Questionar era motivo para Heresia.


Esta é uma época em que tudo é visto com um tom divino ou profano. Os embates das Cruzadas, que visavam inicialmente conquistar Jerusalém dos “hereges”, pois “Deus vult”, ou ainda “Deus o quer”, fez com que homens partissem ao oriente em busca de posses e da remissão de pecados, e propiciou inúmeros massacres.


Se desgraças poderiam acontecer, para a mentalidade da época só havia uma razão: era uma obra do Demônio. Mas se tal criatura nefasta conseguia deixar seus rastros de maldade só poderia existir uma origem: os pecados da humanidade, muitas vezes provenientes de sacerdotes do mal que detinham como fonte de seu poder profano as entidades malignas do inferno, provindo da bruxaria.


Próximo ao final da “Idade das Trevas”, um livro é escrito com a finalidade de identificar e punir aqueles que se distanciaram do caminho santo, e portanto eram “sacerdotes do mal”, os feiticeiros e feiticeiras. Esse livro foi a justificativa para uma das maiores atrocidades: a caça às Bruxas. O nome desse livro significa “O Martelo das Feiticeiras”, conhecido originalmente pela alcunha de Malleus Maleficarum.


No episódio de hoje, nossos investigadores Andrei Fernandes, Ira Croft, Tupá Guerra, e Gabi Larocca convidam Natasha Mirra para falar desse polêmico documento histórico.

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