Segundo estudiosos, a tradução do termo “feitiçaria” é precária pelas implicações pejorativas que assumiu no Ocidente. Algumas propostas por sua substituição foram feitas como, por exemplo, “força oculta” ou “tipo ideal de energia”. No entanto, só  houve  uma  abertura  com  relação  ao tema  da  feitiçaria  na  África  nos  últimos  vinte  anos.*


O acesso aos assuntos relacionados à feitiçaria ainda está restrito a um número muito pequeno de pessoas, pela própria natureza do assunto e pelo fato de que, historicamente e ainda nos dias de hoje, a feitiçaria e a bruxaria são alvo de desconfiança, acusações e perseguições, deixando as pessoas expostas e prejudicadas.


O  tema  em  questão  merece  ser  investigado  em  diversas  sociedades,  inclusive  no Brasil,   considerando-se   as   influências   africanas,   ibéricas   e   indígenas,   além   das especificidades dos lugares em que essas práticas são comuns. Essas investigações aliam história, antropologia e sociologia, a fim de que se possa compreender a complexidade desses fenômenos.


Hoje, nossos investigadores Andrei Fernandes, Juliana Ponzi, Ananda Mida convidam Inês Barreto, jornalista e pesquisadora sobre o tema para debater, discutir e clarificar alguns termos importantes.