Embora o tráfico seja apenas uma parte de uma cadeia de negócios enorme que só desemboca nas favelas, é sobre os morros e as periferias brasileiras que recaem as violências de uma política de segurança pautada na guerra às drogas, e seus moradores desde sempre são excluídos das decisões. 


O Movimentos é um dos coletivos de jovens que estão fazendo essa denúncia. Discutindo segurança pública, drogas, racismo e violência, e construindo alternativas a partir das muitas vozes, conhecimentos e sensibilidades das favelas: descolonizando, descentralizando e ampliando os debates.


Trocamos uma ideia com o Aristênio Gomes, que é estudante de História, educador popular, mora na Maré no Rio de Janeiro e faz parte do Movimentos. Conversamos sobre as violências e suas bases estruturais, sobre os problemas das ideias e ações que vêm de fora e como elas afetam a vida nas periferias. Ele nos contou também sobre as experiências do Movimentos com formação, arte e comunicação, e discutimos as potências e as contradições das lutas autônomas, coletivas e horizontais que nascem de baixo.


Movimentos: drogas, juventude, favela - http://movimentos.org.br


A entrevista do Raull Santiago com a Jout Jout que citamos várias vezes: https://youtu.be/dOJvdqOjfXE