Por Hilquias Scardua


 


A liberdade nos parece tão próxima
quanto distante. É antagônico pensar no que nos faz considerar nossa liberdade
e o quanto somos livres diante da imensidão de possibilidades da escravidão. É
sob a condição dos Homens Livres e de Bons Costumes que ensaio o pensamento,
ousando afirmar que nenhum desses ousaria dizer que é livre, senão por um
argumento qualquer justificando-se pela ideia de posse. A razão falha sobre
suas Virtudes e por condições débeis de uma colocação social que enche de ego
qualquer um desses Operários.


Quem já se julgou livre o suficiente
para não assistir a imputável razão dilacerar a sua condição existencial? Antes
de avançarmos, devo tomar nota de que a reflexão não volta o simples olhar para
as nossas condições básicas e necessidades fisiológicas puramente animais.
Esses critérios nos tornam incapazes de pensar a liberdade. Não nos cabe
relacionar a necessidade humana orgânica e natural como sinônimo de prisão para
encontrar diante disso uma possibilidade de tornarmos livres. Aqui, a Liberdade
e seus conceitos operam em âmbitos mais metafísicos e imputam o caráter
singular do filósofo, o de refletir.


Em diversas ocasiões, os proclamadores
da liberdade exerceram a pauta de discursos deturpados, buscando iludir e
conquistar, de maneira perversa, a maioria leiga e incapaz de compreender seus
princípios e direitos fundamentais - O Trivium, um recurso intelectual que
antes era mérito para aqueles que serviam de um cérebro, hoje passou a ser
sinônimo de uma mente nobre, dada a superficialidade desses dias.


---

Send in a voice message: https://podcasters.spotify.com/pod/show/malhete-podcast/message