A semana foi bastante complicada para os mercados de risco aqui e no exterior. No exterior, dois problemas afloraram. De um lado, a recidiva da covid-19 na Europa, de outro, a inflação ascendente em quase todo o mundo assustando governos e bancos centrais e trazendo migração de recursos para aplicações mais conservadoras.  Aqui, além dos impactos externos, tivemos desdobramentos da polêmica da PEC dos precatórios, agora tramitando no Senado com viés populista e previsões mais pessimistas sobre o restante do ano de 2021 e, principalmente, para as projeções de 2022.


Lembramos que, na semana, a SPE (secretária de política econômica) divulgou previsões piores para inflação e PIB, que já vinham sendo antecipadas pelos analistas, mas ainda assim bem mais otimistas que a pesquisa Focus, do Bacen, divulgada logo na terça-feira. Isso acabou piorando ainda mais as projeções, com a taxa Selic de 2022 caminhando em direção aos 12%, inflação de 2022 se aproximando do teto da meta em 5% e o PIB tendendo para zero ou até negativo.