Tendo como pano de fundo a fraqueza muito recente dos mercados de risco no exterior, fica complicado para os mercados locais esboçarem alguma reação, mesmo considerando que estamos muito defasados da performance externa. No exterior, temos realizações de lucros recentes, depois de sucessivos recordes de pontuação dos índices (incluindo na Europa), com alguma busca por segurança derivada da expectativa de aceleração no tapering e antecipação de alta de juros. No Brasil, acrescentamos outros medos derivados da PEC dos precatórios, inflação em alta e PIB de 2022 desacelerando e medidas com viés eleitoreiro.


Podemos arriscar a dizer que são poucos investidores fazendo aquisições de mais longo prazo, enquanto campeiam as operações de curtíssimo prazo e troca de ativos. Temos que considerar ainda a volatilidade também observada em commodities principais, como minério de ferro e petróleo, e a desaceleração na China que impõe novos riscos. Além disso, preocupa o nível de endividamento global, que pode acarretar problemas para países emergentes e empresas.