A lei brasileira diz que o estado é laico, ou seja, que deve haver uma separação entre assuntos religiosos e assuntos estatais. E isso não é de hoje, não. Desde a primeira constituição republicana, de 1890. A constituição de 1988, inclusive, diz claramente, no seu artigo 19: “é vedado à união, aos estados, ao distrito federal e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança”. Ou seja, o estado, ou melhor, as pessoas que estão assumindo funções do estado, não podem nem favorecer, nem prejudicar qualquer prática religiosa no país.


Porém, para onde quer que você olhe na política, seja pras câmaras municipais, para as assembleias legislativas, pros espaços de poder em brasília, tem aumentado o número de líderes religiosos, principalmente evangélicos, decidindo os assuntos que afetam a vida de todos nós. Até no judiciário, a influência religiosa tem aumentado: no ano passado, o presidente jair bolsonaro disse que indicaria para uma vaga no supremo tribunal federal um ministro “terrivelmente evangélico”.


Com a aproximação das eleições municipais deste ano, começou a circular uma enxurrada de vídeos e áudios de políticos ligados a igrejas prometendo não necessariamente melhorar as condições de saúde e educação, mas garantindo que irão defender a fé cristã se for eleito.


Neste novo episódio de As Cunhãs, vamos falar justamente sobre a influência da religiosidade na política e vice-versa.

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Produção: Inês Aparecida, Hébely Rebouças e Kamila Fernandes

Estúdio de gravação: Pro Produções

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Trilha sonora: Barruada Gagá (Breculê)