É preciso usar a razão com charme.

S. Para um tecelão usar com charme uma carda, “com charme” seria a moda da tecelagem. E no caso de quem informa com um nome, “com charme” seria de maneira informativa.
H. Isso.
S. Mas, ao usar a carda, um tecelão há de usar com charme o produto de quem?
H. Do carpinteiro.
S. De todo carpinteiro ou daquele que tem a técnica?
H. Daquele que tem a técnica.
S. E, ao usar a furadeira, o furador há de usar com charme o produto de quem

H. Na minha opinião, você falou com charme, Sócrates.
S. Portanto, não seria justo começar dos deuses, averiguando por que, por esse nome mesmo, os deuses são chamados

S. Por Zeus, eu não sou da opinião de que esteja falando com charme, companheiro!
H. Por quê?
S. Seríamos obrigados a confirmar que quem imita bezerros, galos e outros animais, nomearia aquilo que imita.

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