O Avatar é o Narcisismo.

Freud, focado demais no objeto, não viu nele a si mesmo.

Há um efeito oroboros.

O Narcisismo é o efeito invisível.

Mas Freud foi honesto introduzindo essa falha na psicanálise.

Freud pegou o pulo do gato.

Demonstrando assim que a psicanálise continua útil quando o analisando percebe seu erro e o assume.

O mais difícil num tratamento é o doente perceber aonde ele erra, e pergunta “aonde eu estou errando?”.

Obviamente, se souber onde erra, pode, então, evitar repetir o sintoma.

Com a introdução do Narcisismo na psicanálise, Freud termina por mostrar como deve funcionar o processo analítico: perceber o próprio erro, e introduzi-lo no discurso: “nesse ponto, eu errei”.

O Narcisismo foi o Avatar invisível, a alma humana, que Freud introduziu na psicanálise.

O Narcisismo é uma alma que a criança conquista ao redor dos cinco anos de idade, momento mágico, em que adquire seu Eu juntamente com a capacidade de abstrair.

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